#16 MICHELE CONTEL
& Suki Waterhouse, Lee Donuts e Virginie Despentes 🦍
Muitas pessoas chegaram por aqui nos últimos tempos e achei que valeria uma apresentação mais cuidadosa dessa que vos fala. Então, cá estou! Eu sou a Michele Contel, escritora, redatora criativa e autora dos livros Amores Eternos de Um Dia, Pequenas Coisas e do Antes de Amanhecer. Além disso, sou a curadora/entrevistadora das pessoas incríveis que aparecem aqui no TREND SEEKER, tenho uma newsletter pessoal, a Sobre todas as coisas que eu — e, também, um projeto voltado para maternidade, o Teta à Teta. Ah, é, além de tudo isso eu crio uma ser humana de dois anos e vivo toda a dor e beleza de ser imigrante no Canadá. Hoje, compartilho com vocês quais são as minhas atuais obsessões. 🩶
As cinco obsessões de Michele Contel
Michele Contel (Instagram, Substack)
Suki Waterhouse 💿
“Eu estou obcecada por ela desde que ela apareceu grávida em um show e, desde então, sinto que somos amigas. Desde que me assumi anti-Swift, sentia falta de uma cantora para acompanhar e me empolgar - acho que encontrei isso na Suki. Amo suas músicas, seu estilo, os TikToks, seu jeito effortless sexy, enfim. Uma única coisa me pega na diva: eu me sinto meio estranha em saber que ela tem uma neném de menos de 1 ano e, mesmo assim, continua em tour mundial normalmente, sem pausas. Porém, quando afasto de mim esse encosto mal amado, consigo voltar a curtir o ícone.”
A clog Boston, da Birkenstock 👞
“Obcecadíssima desde que cheguei aqui no Canadá, mas ainda sem coragem de desembolsar 208 dólares (canadenses, mas ainda assim) no sapatinho. Achei um dupe de cento e poucos reais na Zara daqui e, desde então, vem sendo meu outfit de sempre. Não é lá muito boa para lugares chuvosos — não sei se a da Birkenstock é mais resistente pra isso -, mas de fato é um sapato prático, cozy e cool. Uso o tempo todo. Quem sabe no ano que vem eu não cometo uma original?”
Virginie Despentes 🦍
“Lembro que li o Teoria King Kong em 2020, por indicação de um amigo, o Ali, que tinha também ficado obcecado pela escritora e cineasta francesa. Com uma escrita afiada e com críticas certeiras, Virginie trouxe no Teoria King Kong um “feminismo pras feias, pras prostitutas, pras frígidas e caminhoneiras", ou seja, um recorte que não chega na bolha branca, padrão e privilegiada. Depois de reler nesse ano, peguei o seu último romance, o Querido Babaca, publicado pela editora Fósforo, e mais uma vez Virginie coloca o dedo na nossa ferida, trazendo uma troca de e-mails entre um homem acusado no #MeToo, uma ex-símbolo-sexual que cometeu o terrível erro de envelhecer, e os textos raivosos de uma feminista de internet. Inteligente, punk e ácido, como toda sua obra. Já estou com os outros livros dela e ávida para devorá-los.”
Lee Donuts, aqui em Vancouver 🍩
“Lembro quando fomos à Granville Island em fevereiro e, mesmo num frio de 5 graus, tinha uma fila imensa na frente dessa loja de donuts. Meu marido me explicou que eram muito famosos e a pulga ficou ali atrás da minha orelha, mas não o suficiente pra me fazer enfrentar o frio. Eis que esse mês abriu uma unidade da Lee Donuts no shopping de Tsawwassen (onde moro) e pude experimentar essa delícia sem filas & sem frio. Não só vale o hype, como fiquei obcecada pelo donut de Tiramisu. Nosso sonho brasileiro ainda é melhor que qualquer donut gringo? Definitivamente. Mas que esse de tiramisu é um bom concorrente, isso é.”
O Grúfalo, da Julia Donaldson
“Achou mesmo que essa newsletter sairia ilesa de um conteúdo materno? Minha filha, Maria, ganhou da tia o livro “Monkey Puzzle” (Macaco Danado, em português) e ficou apaixonada — eu tinha que ler ao menos umas 3x por dia, pra ela. Na capa desse livro, aparecia o Grúfalo (o grande sucesso da autora) e desde quando Maria aprendeu que aquele bicho era o Grúfalo, não sossegou até ter uma edição para chamar de sua. Eis que agora eu não só leio a história do Grúfalo todos os dias, como sou obrigada a dormir com o livro do nosso lado, na cama, porque “ele é muito fofinho". Fofuras de dona Maria à parte, o livro é muito sagaz - traz um ratinho que cria uma narrativa para fugir de seus predadores naturais - e divertido, além de ser ótimo para brincar com a imaginação dos pequenos. É uma graça!”
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